Em reunião realizada na manhã desta sexta-feira (25), gestores estaduais e municipais da área da Saúde decidiram, na Comissão Intergestores Bipartite (CIB), que cidades com disponibilidade de vacinas contra a covid-19 já podem começar a aplicação em idosos a partir de 80 anos, respeitando o intervalo de quatro meses após a terceira dose.
A Secretaria Estadual da Saúde (SES) deverá publicar, nos próximos dias, mais detalhes sobre a quarta dose, também chamada de segunda dose de reforço. Idosos com alguma injeção em atraso devem, primeiro, cumprir o esquema previsto anteriormente, dentro dos prazos referentes a cada imunizante.
Novos repasses de vacinas estão previstos pelo governo do Rio Grande do Sul para as prefeituras, de acordo as próximas remessas que chegarem do Ministério da Saúde. O imunizante preferencial para a quarta dose é o da Pfizer, mas as vacinas da Janssen e da AstraZeneca também podem ser utilizadas, no caso de falta do primeiro.
No Estado, a população total acima de 80 anos é estimada em 326 mil pessoas — dessas, de acordo com a SES, cerca de 243 mil (74%) já têm o primeiro reforço. Fica o alerta para quem não está em dia: aproximadamente 26 mil pessoas não tomaram nem a primeira injeção. Em relação à segunda dose, 8,3 mil idosos dessa faixa etária precisam tomá-la, e outros 63 mil necessitam da terceira.
Quanto ao público com a vacinação completa até aqui, 180 mil pessoas já estariam habilitadas para a quarta dose. Até o final da primeira semana de abril, mais 28 mil terão cumprido o prazo de quatro meses e poderão receber esse segundo reforço.
Em Porto Alegre, a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) está avaliando o estoque para definir o início da imunização dessa parcela da população.
Os octogenários se somam agora aos imunossuprimidos de 18 anos ou mais, que já tinham a orientação de procurar pela quarta dose para aumentar a proteção contra complicações e morte em decorrência da covid-19.