
A Coreia do Sul registrou nesta quarta-feira (16) mais de 400 mil novos casos de covid-19, um recorde para o país, que começou a aliviar as restrições, apesar da onda de contágios provocada pela variante Ômicron.
As autoridades de saúde anunciaram 400.741 casos nas últimas 24 horas, o maior número para o país desde o início da pandemia há dois anos.
— É o maior desafio que o país enfrenta — afirmou Sohn Young-rae, alto funcionário do ministério da Saúde.
O governo havia antecipado um aumento dos contágios, de acordo com Sohn, que acredita que o país se aproxima do ponto máximo da onda de Ômicron.
— Se superarmos esta crise, estaremos mais perto de um retorno à normalidade —acrescentou.
A Coreia do Sul é o país que mais registrou casos de covid-19 no mundo na última semana, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), com 2.358.878 contágios em sete dias, seguida pelo Vietnã com 1.795.380.
A maior parte da população sul-coreana apta foi vacinada e já recebeu a dose de reforço. O número de mortes provocadas pelo coronavírus permanece baixo, apesar do nível de contágios no país de 52 milhões de pessoas.
A Coreia do Sul flexibilizou as regras de distanciamento social, pressionada pelo setor empresarial, com vários pequenos estabelecimentos comerciais à beira da falência devido às prolongadas restrições sanitárias.
A Coreia do Sul mantém um toque de recolher noturno para os negócios e um limite de seis pessoas para as reuniões particulares. Em 21 de março, o país vai acabar com a quarentena obrigatória para pessoas vacinadas que chegam do Exterior.
Seul abandonou em fevereiro o elogiado programa conhecido como "rastrear, testar, tratar", quando uma onda de casos da variante Ômicron ameaçou provocar o colapso de seu sistema de saúde.