O primeiro-ministro britânico Boris Johnson anunciou nesta quarta-feira (9) que planeja levantar a partir do final de fevereiro o requisito de isolamento para as pessoas que testarem positivo para o coronavírus, depois que a Inglaterra já abandonou a maioria das restrições.
Em um discurso aos deputados na sessão semanal de perguntas ao primeiro-ministro, Johnson afirmou que pretende voltar ao Parlamento em 21 de fevereiro, após o recesso de inverno, "para apresentar nossa estratégia para viver com a covid".
— Sempre que houver as tendências animadoras atuais, espero que possamos levantar as restrições nacionais restantes, incluindo o requisito legal de se isolar se apresentar resultado positivo, um mês antes — acrescentou.
Essa medida expiraria normalmente em 24 de março.
O Reino Unido, um dos países mais castigados da Europa pela pandemia, com quase 159.000 mortes, registrou uma onda da ômicron no início do ano, com um recorde de infecções diárias que superava as 200.000, mas os casos positivos começaram a cair consideravelmente e as internações hospitalares também.
Em meados de janeiro, o líder conservador decidiu levantar a maioria das restrições impostas na Inglaterra pela onda ômicron, como o teletrabalho e o uso de máscaras em lugares fechados. Também acrescentou então que não tinha a intenção de prolongar a lei que impõe uma quarentena de cinco a 10 dias a quem for positivo para o coronavírus.
Segundo o porta-voz de Johnson, o eventual fim da quarentena é justificado pela "redução do número de casos e internações hospitalares". Porém, ele explicou que a legislação que a impõe pode ser restaurada para enfrentar uma nova variante do coronavírus.
Cada nação do Reino Unido - Inglaterra, Escócia, Irlanda do Norte e Gales - decide sua própria estratégia para enfrentar a pandemia.
* AFP