A esperada queda brusca na curva de casos da Ômicron, verificada em parte dos países por onde passou essa variante do coronavírus, ainda não é percebida no Rio Grande do Sul. O número de novas infecções no Estado chega ao fim da semana mantendo a tendência de queda dos últimos dias, mas a redução ocorre de forma lenta.
Nesta sexta-feira (18), foram confirmados 14.666 novos casos em 24 horas. Com essa atualização, cai para 11.799,3 a média móvel diária de casos.
O último pico foi atingido há três semanas. Naquele momento, o Estado registrou o recorde histórico, com média móvel de 17.672,4 casos. Nessas três semanas, a queda foi de 33,2%.
Nas três semanas anteriores ao recorde histórico, enquanto a curva ainda estava em movimento de alta, a média móvel subiu 13 vezes (de 1.326,3 casos para 17.672,4 casos).
— Quando começaram a comparar o Brasil com outros países, eu havia falado isso, que cada país tem a sua dinâmica. Não é porque na África do Sul caiu rápido que aqui vai cair rápido também. As outras ondas no Brasil foram seguidas de platôs. Atualmente, a curva está caindo no Rio Grande do Sul, tem uma queda, mas cai bem devagar — explica Isaac Schrarstzhaupt, coordenador na Rede Análise Covid-19.
As internações por covid-19 também estão em queda no Estado, mas igualmente em velocidade lenta. Ao longo dos últimos sete dias, o número de pacientes com covid-19 em leitos clínicos caiu 8,4%, passando de 1.198 para os atuais 1.097.
Em UTIs, a queda nos últimos sete dias é de 10,3%. Há sete dias eram 575 pessoas com covid-19 nesses leitos e, nesta sexta-feira, 516.
Nesta sexta, também foram registradas mais 62 mortes. A média móvel de óbitos diários por covid-19 está em 52,4 no Estado.