Novos distúrbios foram registrados na Holanda neste domingo (21) depois de duas noites seguidas de manifestações violentas contra as medidas sanitárias para conter a pandemia do coronavírus, informou a polícia.
— A polícia está presente no centro de Groningen para restaurar a ordem — declarou uma porta-voz à AFP.
Ela acrescentou que "vários pequenos grupos de pessoas realizam atos de vandalismo".
As autoridades declararam estado de emergência em Enschede, perto da fronteira alemã, e ordenaram que a população se afaste das ruas, informou a polícia pelo Twitter.
— Cinco pessoas foram detidas no centro da cidade por incitar a violência pública. Nosso apelo é que vão para casa — acrescentou.
Na noite de sábado (20) também foram registrados protestos violentos contra as últimas medidas sanitárias determinadas pelo governo, que deixaram 19 detidos, informou a polícia holandesa neste domingo.
Em Haia, policiais da tropa de choque investiram contra grupos de manifestantes, que atiraram pedras e outros objetos em sua direção em um bairro popular.
A polícia efetuou um total de "19 detenções por proferir insultos, entre outras coisas", informaram as autoridades.
Na véspera, a violência registrada na cidade portuária de Roterdã resultou na detenção de 51 pessoas e deixou três baleados.
Os protestos ocorrem depois que as autoridades holandesas voltaram a aplicar na semana passada um confinamento para conter o aumento de casos de covid-19, com uma série de restrições sanitárias que afetam especialmente o setor de bares e restaurantes, que precisam fechar as portas às 20h. Situação semelhante ocorreu na Bélgica, onde houve protestos, e pode provocar levante na Áustria, após o governo anunciar endurecimento das restrições. Na Austrália, milhares foram às ruas contra vacinação anticovid.
O governo prevê agora proibir o acesso a alguns locais a quem não estiver vacinado, especialmente bares e restaurantes.