Milhares de pessoas se manifestaram neste sábado (20) em várias cidades da Austrália contra a obrigatoriedade da vacinação contra covid-19, que é exigida apenas em alguns Estados e territórios para determinados grupos profissionais.
Em Melbourne, os manifestantes pediam a prisão do primeiro-ministro do Estado, Daniel Andrews, opondo-se a um projeto de lei que dá ao governo estadual de Victoria mais poderes para lutar contra a pandemia.
Não houve confrontos com a polícia, ao contrário do ocorrido em manifestações anteriores. Na mesma cidade, cerca de duas mil pessoas compareceram a uma contramanifestação, uma das primeiras deste tipo desde o início da pandemia.
— Estou aqui porque estou enojada com o que está acontecendo nas ruas da minha cidade, Melbourne — disse Maureen Hill à AFP, referindo-se ao protesto antivacinas.
— Tudo o que foi feito, foi feito para salvar vidas. Quer dizer, incomodou muitas pessoas e afetou muitas pessoas, mas é uma pandemia mundial. O que mais podemos fazer? — questionou Maureen, em alusão às medidas de saúde pública adotadas pelas autoridades.
Em Sydney, até 10 mil pessoas compareceram aos protestos, de acordo com a polícia. Com mais de 25 milhões de habitantes, a Austrália registrou mais de 195 mil casos e 1.933 mortes relacionadas ao coronavírus. Cerca de 85% dos moradores do país com mais de 16 anos estão totalmente vacinados.