O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, garantiu que o governo federal está pensando em uma possível campanha de vacinação contra a covid-19 para o ano que vem. Apesar disso, Queiroga não confirmou se a pasta está providenciando a compra de mais doses para garantir a imunização dos brasileiros em 2022.
— Temos um montante muito grande de vacinas para receber da Janssen. Temos as vacinas da Covax Facility. Temos a Fiocruz, aqui no Brasil. Vocês podem ter certeza, já sabemos o caminho. Temos o SUS. Quem tem o SUS, tem tudo — disse Queiroga a jornalistas ao chegar no Ministério da Saúde na manhã desta terça-feira (5) ao retornar as agendas presenciais após 14 dias isolado nos Estados Unidos com covid-19.
As vacinas citadas pelo ministro, porém, não são oriundas de novas negociações. Os contratos de compra do imunizante da Janssen, do consórcio global Covax Facility e da vacina da Fiocruz preveem entregas até o fim de 2021. Somente da Janssen e da Covax, a previsão é de que cerca de 60 milhões de doses cheguem ao Brasil até dezembro.
Queiroga também condicionou a compra de mais doses da Janssen e da CoronaVac, a última produzida no Brasil pelo Instituto Butantan, à aprovação do registro definitivo dos imunizantes pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) — as duas vacinas possuem a autorização de uso emergencial.
— Uma vez concedido o registro definitivo, o Ministério da Saúde considera essa ou qualquer outra vacina com registro definitivo para fazer parte do Programa Nacional de Imunizações (PNI) — afirmou.
No Brasil, os imunizantes da Pfizer e da AstraZeneca/Oxford, fabricada com matéria-prima importada pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), possuem registro definitivo e já estão incorporadas ao PNI.
O Ministério da Saúde levantou a possibilidade de compra de mais 30 milhões de doses da CoronaVac junto ao Butantan — o lote consta como "em tratativa" na projeção de entregas de vacinas covid-19 atualizado semanalmente no site da pasta. Porém, fontes afirmaram para GZH que é pequena a possibilidade de se avançar nas negociações.