Um novo estudo conduzido no Hospital Mount Sinai, em Nova York, concluiu que anticorpos contra a covid-19 podem ser encontrados no leite materno até 10 meses após a infecção da mulher. A pesquisa também sugere que bebês amamentados dentro desse período também podem obter os benefícios da proteção contra o coronavírus. As informações são da revista Forbes.
O estudo foi conduzido pela doutora Rebeca Powell que analisou o leite materno de 75 mulheres que tiveram a doença. A análise mostrou que em 88% das amostras continham anticorpos capazes de neutralizar a covid-19.
— Saber o quão protetivo podem ser os anticorpos encontrados no leite materno, ou qual vacina é a mais eficiente, é uma informação importante e vai ser muito relevante ao longo do tempo. Contudo, se continuar amamentando, vai seguir administrando esses anticorpos no leite materno — afirmou Rebeca Powell.
Também foram analisados o leite de 50 mães que tomaram a vacina de diferentes laboratórios.
A pesquisa constatou que 87% das mulheres que tomaram a vacina da Pfizer e 100% das que tomaram a vacina da Moderna (não aplicada no Brasil) transmitiram anticorpos para o leite materno. As que receberam a vacina da Johnson & Johnson (Janssen) passavaram os anticorpos em 38% das vezes.
Apesar dos resultados, o grupo de pesquisadores liderados por Rebeca Powell afirmou que é necessário analisar com mais profundidade essa relação dos anticorpos das vacinas e os encontrados no leite materno.
— Muitas mães e grávidas têm medo de se vacinar e elas só estão pensando no melhor para seus filhos. E é isso que queremos saber, se realmente podem proporcionar algum benefício. — afirmou o doutor Josef Neu, coautor da pesquisa.