Apenas uma cepa da variante da covid-19 detectada pela primeira vez na Índia ainda é considerada "preocupante". As outras duas foram rebaixadas, disse a Organização Mundial da Saúde (OMS).
A variante B.1.617, considerada parcialmente responsável pelo surto da pandemia na Índia, se espalhou por mais de 50 territórios, com três linhagens diferentes. A OMS disse no mês passado que toda a variante era "preocupante", mas na última terça-feira (1º) esclareceu que apenas a linhagem chamada Delta traz mais riscos à saúde.
Na B.1.617.2 permanece uma preocupação, junto com três outras variantes do vírus, consideradas mais perigosas do que a versão original porque são mais contagiosas, letais ou porque as vacinas podem não proteger contra eles.
A OMS atribuiu letras gregas na última segunda-feira (31) aos nomes científicos das diferentes variantes, como Alpha, Beta, Gamma ou Delta para o caso de B.1.617. O objetivo é evitar nomes "discriminatórios" para os países e territórios onde apareceram.
“Continuamos a ver um aumento acentuado da transmissibilidade e um número crescente de países com surtos ligados a esta variante”, afirma a OMS, que considera “prioritária” a realização de “novos estudos” sobre o seu impacto.
Uma nova variante híbrida, relatada no sábado pelas autoridades de saúde do Vietnã, parece ser uma variação do Delta, disse na terça-feira a Dra. Maria Van Kerkhove, gerente técnica da luta contra a covid-19 na organização.
— Sabemos que B.1.617.2 tem maior transmissibilidade, o que significa que pode se espalhar mais facilmente entre as pessoas — enfatizou.
A linhagem B.1.617.1 foi rebaixada à categoria de "variante de interesse" e foi batizada de Kappa. Com relação a B.1.617.3, a OMS não o considera mais interessante e não atribuiu uma letra grega a ele.