O Rio Grande do Sul vive, neste domingo, o sexto dia seguido com ocupação geral de leitos de unidade de terapia intensiva (UTI) acima de 100%. Ao longo da tarde, o indicador registrou a marca da 102,9%, o que significa que, novamente, há mais pacientes internados em situação de tratamento intensivo do que o número total de leitos que foram oficialmente abertos para esse fim.
Na prática, a lotação acima de 100% em geral significa que novos leitos foram abertos com algum grau de improvisação. O Estado já ativou o último nível do plano de contingência, prevendo abertura de leitos intensivos fora das salas de UTI.
A ocupação geral de leitos de UTI acompanha o aumento abrupto de novos casos e internações por covid-19, que ocorre desde o início de fevereiro.
Para controle da pandemia, o governo do Estado dividiu o território gaúcho em 21 regiões. Em 13 delas há superlotação dos leitos privados de UTI. São as zonas de Erechim, Ijuí, Santo Ângelo, Passo Fundo, Caxias do Sul, Novo Hamburgo, Lajeado, Santa Cruz do Sul, Canoas, Porto Alegre, Cachoeira do Sul, Pelotas, e Uruguaiana.
Já a superlotação em leitos SUS é registrada em oito regiões. A ocupação de leitos públicos passa de 100% nas zonas de Palmeira das Missões, Cruz Alta, Lajeado, Novo Hamburgo, Capão da Canoa, Porto Alegre, Cachoeira do Sul e Ijuí.
Desde terça-feira (2), o indicador estadual vem passando dos 100%. Apesar da situação crítica generalizada no Estado e da falta de leitos de UTI em diversas regiões, há cidades que ainda aparecem com leitos disponíveis para tratamento intensivo.
Os dados estaduais de internações são públicos, atualizados em tempo real pelos hospitais e, por conta disso, oscilam ao longo do dia.
Em Porto Alegre, também há o monitoramento municipal de leitos. A cidade tem ocupação de leitos de 108.99%, na tarde deste domingo. Conforme o painel municipal, 194 pessoas precisam de UTI, mas, devido à superlotação, estão em outros leitos, aguardando em lista de espera.