Silenciosa, a alopecia areata, doença inflamatória crônica que provoca a queda de cabelo em qualquer parte do corpo, acomete ambos os sexos e todas as idades e etnias. Segundo a Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), fatores emocionais, traumas físicos e quadros infecciosos podem desencadear ou agravar o quadro. A evolução não é previsível.
— Ela também afeta o crescimento das unhas. Alguns pacientes chegam a apresentar pequenos furos nas unhas, que acompanham a queda de cabelo. Além de afetar ambos os sexos, a alopecia areata atinge a qualidade de vida. Os homens costumam desenvolver as formas mais graves da doença — explica a dermatologista Clarissa Prati, que participa do perfil colaborativo e informativo @dermatalksbr e é membro da diretoria da regional do Rio Grande do Sul da SBD (SBD-RS).
Sintomas
O diagnóstico é clínico, e o único sintoma se refere à perda brusca de cabelos, única ou múltipla. A forma mais comum é uma placa única, arredondada, que surge geralmente no couro cabeludo e na barba. A pele fica lisa e brilhante, e os pelos ao redor da placa saem facilmente se forem puxados. Os cabelos, quando renascem, podem ser brancos, voltando aos poucos à coloração anterior.
Outras doenças autoimunes podem acontecer em alguns pacientes, como vitiligo, problemas da tireoide e lúpus eritematoso. Portanto, é necessária a reavaliação de exames de sangue. Os especialistas alertam que o principal dano aos pacientes é o psicológico. Nos casos mais intensos, pode prejudicar a qualidade de vida.
Tratamento
O tratamento visa controlar a doença, reduzir as falhas no cabelo e evitar que novas surjam. Pode ser realizado com medicações tópicas (aplicada diretamente em um ponto do corpo, em casa), com infiltração ou aplicação de medicações sobre a pele em procedimentos realizados em consultório. Em alguns casos, é necessário uso de medicação sistêmica (via oral), tanto corticosteroides quanto imunossupressores. O alerta da SBD é evitar a automedicação. A melhor opção de tratamento deve ser indicada pelo dermatologista, em conjunto com o paciente.
Prevenção
Como as causas da doença são desconhecidas, não há formas de preveni-la. A SBD sugere algumas dicas:
- Reduza o estresse, pois as crises agudas de queda podem se associar a períodos críticos, tais como problemas no trabalho ou na família, mortes, cirurgias, acidentes etc.
- Procure se informar sobre a doença, pois ajuda a compreender a evolução e a reduzir a ansiedade.
- Para proteger a cabeça, invista em perucas, chapéus.
Fontes: Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) e dermatologista Clarissa Prati, que participa do perfil colaborativo e informativo @dermatalksbr e é membro da diretoria da regional do Rio Grande do Sul da SBD (SBD-RS).