O monitoramento ambiental do coronavírus nos esgotos aponta para uma maior disseminação do vírus em Porto Alegre e nas cidades da Região Metropolitana. Os índices são os mais altos desde maio, quando teve início a pesquisa ambiental que monitora a presença do vírus no esgoto doméstico e em arroios. Na Capital, foi detectada a presença do vírus causador da covid-19 em todas as amostras analisadas nas últimas semanas de novembro.
A pesquisa é uma parceria entre Secretaria da Saúde (SES) e diversas instituições do setor ambiental e universidades, como Feevale, Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), Fundação Estadual de Proteção Ambiental (Fepam) e Departamento Municipal de Água e Esgotos (Dmae).
Todas as amostras de Estações de Tratamento de Esgoto da Serraria, por exemplo, uma das maiores da Capital, deram positivo.
Em Canoas, Alvorada e Gravataí, todas as amostras coletadas em novembro e dezembro foram positivas para a presença do vírus.
O projeto de vigilância ambiental é coordenado pelo Centro Estadual de Vigilância em Saúde (Cevs) e tem como objetivo disponibilizar informações sobre a circulação do vírus nas diferentes áreas do território avaliado e em diferentes sazonalidades.
As amostras de água coletadas de estações de tratamento e de pontos de captação de água bruta passam por análise molecular para definir a ocorrência e quantificação do RNA viral do Sars-CoV-2. Entre maio e dezembro, 377 amostras de água de arroios e esgotos foram analisadas em 25 pontos de coleta de Estações de Tratamento e de Bombeamento de Esgoto e arroios.
Uma nova fase do estudo deverá ser iniciada ainda neste mês em pontos do Litoral Norte, para identificar se o grande aumento populacional dessa área durante o verão também impacta nos resultados encontrados no esgoto.