Desde o temporal que atingiu a Região Metropolitana há uma semana, equipamentos fundamentais para o funcionamento da Unidade de Terapia Intensiva (UTI) para pacientes com covid-19 no hospital Berço Farroupilha, em Guaíba, não estou funcionando. Isso porque a falta de energia elétrica e as várias oscilações provocaram problemas nesses equipamentos.
Com isso, pacientes tiveram de ser transferidos para outros hospitais, e a Secretaria Estadual da Saúde (SES), que administra o local por meio de uma empresa terceirizada, não havia sido informada sobre a continuidade do problema, muito menos da desativação dos leitos.
Segundo a Associação Mahatma Gandhi, que administra o hospital, o gerador próprio também não estava dando conta da carga excessiva devido aos constantes problemas com a falta de luz. Por isso, os 10 leitos inaugurados em julho do ano passado foram desativados.
A Associação informou ainda que, após a solução dos problemas técnicos, os leitos serão reabertos. Mas ainda não se tem previsão do retorno das atividades porque as peças com defeito precisam ser recolocadas.
Pacientes
A coordenadora da 1ª Regional da SES, Ane Nantal, disse que soube do problema específico na última sexta-feira (15), após contato de um médico. Os cinco pacientes que estavam internados na UTI Covid do hospital de Guaíba foram transferidos no mesmo dia: quatro foram para o hospital Vila Nova, na zona sul de Porto Alegre, e um para hospital em Charqueadas, na Região Carbonífera. Mas depois disso, Ane não teve mais informação sobre novos pacientes internados, fato que a Mahatma Gandhi confirmou.
A SES ainda destacou que, caso alguém precise de internação por contaminação pelo coronavírus, a terceirizada tem que informar o governo via uma resolução estadual para que seja encontrado um leito em entidade mais próxima. Ane ressaltou que vai entrar em contato ainda nesta sexta-feira (22) com a Associação e com a prefeitura de Guaíba para saber detalhes sobre a desativação temporária dos leitos.
— Estou sabendo agora, isso precisa ser feito de forma oficial e urgente, não pelo envio de um e-mail. Para nós, havia um problema pontual, não um fato contínuo e que teve como consequência a desativação dos leitos. Precisamos saber dos detalhes para tomarmos providências — disse Ane.