Desde segunda-feira (30), a prefeitura da Porto Alegre está realizando testes do tipo RT-Lamp. Esse método permite identificar a presença de coronavírus no organismo em um período de tempo que varia entre três a 12 horas após a coleta.
O sistema de coleta deste teste apresenta o mesmo método do PCR (sigla em inglês de reação em cadeia de polimerase). Ou seja, requer a utilização de swabs (espécie de cotonete de haste longa para coletar o material) que são inseridos no nariz e na garganta. A vantagem da metodologia está no tempo de entrega do resultado, explica Bruno Goulart, coordenador de assistência laboratorial da Secretaria Municipal da Saúde (SMS).
— Na última sexta-feira (27), fizemos testes-piloto e obtivemos resultados em três horas. Isso foi possível porque, diferentemente do PCR, o RT-Lamp não exige uma capacidade laboratorial grande de processamento. Ele é isotérmico, quer dizer, sua análise é feita sempre em uma mesma temperatura e isso reduz algumas horas de processo, logo, na divulgação do resultado — diz.
A rapidez com que o laudo final é divulgado fez com que a prefeitura optasse por aplicar os testes em escolas, instituições de longa permanência de idosos (ILPIs) ou em eventuais investigações de surtos. A assessoria de imprensa da SMS afirmou que serão disponibilizados 200 testes por dia, a partir de contrato da pasta com a Santa Casa de Misericórdia de Porto Alegre.
O novo teste — que chega a custar quase a metade do PCR — será realizado pelas equipes deslocadas às escolas ou ILPIs para a testagem das demais pessoas quando houver caso confirmado do coronavírus. Na identificação de um positivado, as instituições devem procurar a secretaria para desencadear a testagem.
Goulart afirma que esses grupos foram escolhidos por dois motivos:
— Nosso objetivo é mitigar a transmissão. E, com o resultado sendo divulgado em tão poucas horas, teremos um tempo de resposta muito bom de atuação. Além disso, temos a limitação técnica de 200 testes diários.