A farmacêutica brasileira União Química afirmou que pedirá liberação para uso emergencial da vacina russa Sputnik V no Brasil. O laboratório tem parceria com o Fundo Russo de Investimento Direto (RDIF), e solicitou produção da vacina no país assim que a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) autorizar os testes da fase 3.
De acordo com o portal G1, a Anvisa, que recebeu pedido da União Química para pesquisa clínica da vacina no Brasil, afirmou que dará resposta em até 72 horas. Nem a Anvisa ou o laboratório informaram detalhes sobre número de pessoas que participarão dos testes, e sequer os locais onde serão realizados.
De acordo com Rogério Rosso, diretor da União Química, a vacina deve começar a ser produzida no Brasil em janeiro. O acordo da farmacêutica com o RDIF prevê a importação, transferência de tecnologia e produção do imunizante no país.
Serão produzidas cerca de 8 milhões de doses por mês, mas as fábricas ainda estão se adaptando para atender à estimativa, segundo Rosso.
O Instituto de Tecnologia do Paraná (TecPar) também tem parceria técnica com o RDIF para possível desenvolvimento da vacina. O TecPar ainda não fez pedido à agência para testes ou aplicação do imunizante, mas o governo do Paraná informou que hospitais universitários estaduais estão à disposição para a execução da fase 3 no país.
Mais de 100 mil pessoas já receberam o imunizante na Rússia, segundo o governo do país. A Sputnik V começou a ser aplicada na Argentina e em Belarus, na terça-feira (29). Dados divulgados pelo governo russo mostram que sua eficácia ficou em cerca de 91%.