A secretária de Saúde do Rio Grande do Sul, Arita Bergmann, reforçou a necessidade de que a população mantenha os cuidados de higiene e distanciamento para evitar o contágio por coronavírus no Estado. Nesta segunda-feira (16), o mapa definitivo do distanciamento controlado, divulgado pelo Executivo, classificou sete regiões em bandeira vermelha, de alto risco epidemiológico para a transmissão da doença. A definição passa a valer a partir desta terça (17) até a próxima segunda (23).
O número representa um aumento: na semana anterior, o RS apresentou apenas três regiões na cor vermelha - Cruz Alta, Ijuí e Santo Ângelo.
— É preciso considerar que a população tem parcela importante de responsabilidade no cuidado com sua saúde e a das pessoas com quem ela convive. Isso tanto em ambiente familiar ou de trabalho. O que se observa é que, de forma geral, houve uma diminuição do uso dos protocolos obrigatórios. Até em função do clima, a população talvez tenha voltado a se reunir com mais frequência. E nós lembramos que o cuidado número um é justamente evitar aglomeração.
Arita reforçou também que não se sabe como o vírus irá se comportar durante o verão e que "não há normalidade":
— O estado é de alerta. As pessoas precisam se proteger. Nós nunca manifestamos que estávamos em normalidade.
Em relação ao aumento no número de regiões em bandeiras vermelhas, a secretária também afirma que um dos motivos pode ter sido o período eleitoral, que gera maior movimentação de pessoas, afirma.
Na última sexta-feira (13), o mapa preliminar apresentado pelo governo foi mais rígido: 11 regiões haviam sido classificadas na cor vermelha. No entanto, quatro pedidos de reconsideração da classificação de foram aceitos pelo Gabinete de Crise: de Porto Alegre, Passo Fundo, Guaíba e Caxias do Sul, que passam para a cor laranja. No entanto, a equipe técnica rejeitou os pedidos das regiões de Novo Hamburgo, Santo Ângelo e Santa Rosa, que permanecem na bandeira vermelha, ao lado de Capão da Canoa, Canoas, Cruz Alta e Ijuí, que não entraram com recursos.
— Se foi possível atender o pedido de reconsideração é porque nós vimos que não há ainda uma pressão principalmente sobre o número de leitos vagos nessas regiões que tiveram os pedidos atendidos.
Arita também ressaltou a seriedade do modelo adotado pelo governo do Estado para definir a classificação de bandeiras:
— Tenho absoluta convicção, e falo isso com muita tranquilidade, que o trabalho que fazemos tem rigor técnico de análise de dados e não tem nenhuma informação que não seja real, conforme os bancos oficiais dos municípios. O Estado trabalha com 11 indicadores, todos eles são medidos com informações técnicas com banco de dados.