A unidade de pesquisa clínica do Hospital Universitário de Santa Maria recebeu 400 mensagens até as 8h desta quarta-feira (7) de voluntários interessados em participar dos testes da vacina contra coronavírus. Mil pessoas vão receber doses da vacina produzida pela Universidade de Oxford, do Reino Unido, e pelo laboratório sueco AstraZeneca.
Na terça-feira (6), mais 30 pessoas foram vacinadas, chegando ao número total de 142, até o momento. As doses começaram a ser aplicadas no dia 28 de setembro, quando 50 profissionais da saúde já tinham recebido. Outros 32 voluntários também haviam sido vacinados entre a última sexta-feira (2) e a segunda (5).
Os voluntários precisam ter mais de 18 anos, alta exposição ao vírus, e não podem estar em tratamento contra o câncer, já ter sido infectado pelo coronavírus, ser alérgico a paracetamol ou vacinas e no caso das mulheres, não podem estar grávidas.
Os interessados devem fazer contato por WhatsApp pelo número (55) 99163-6454. Os selecionados terão consulta marcada antes de receber a primeira dose até o mês de novembro. A segunda será aplicada depois de 30 dias.
Depois de fazer contato, o voluntário precisa aguardar o retorno para saber se será selecionado ou não. Caso seja, será marcada uma primeira consulta, que dura cerca de três horas, quando será feita a entrevista clínica, coleta de sangue, verificação de sinais vitais e assinatura de um termo de consentimento, para então ser aplicada a primeira dose. Após, o voluntário fica em observação por 15 minutos.
A participação não terá custo nenhum aos voluntários. O médico infectologista do HUSM e chefe da unidade de pesquisa clínica do hospital e professor da UFSM, Alexandre Schwarzbold, explica que o estudo é randomizado, ou seja, metade dos pacientes receberá a dose da vacina para coronavírus e a outra metade vacina para meningite. Um sorteio é feito por computador.
Os voluntários serão monitorados por um ano e serão contatados uma vez por semana pela equipe que comanda a pesquisa. São previstas seis consultas presenciais ao longo do acompanhamento, mas se o voluntário apresentar sintomas respiratórios, como tosse seca, dificuldade para respirar e febre, terá de retornar ao hospital e fazer o teste para a covid-19.