Conhecida por ser uma doença crônica inflamatória e não contagiosa, a psoríase ainda gera desconhecimento e até mesmo preconceito por parte da população. Com o objetivo de desmistificar a doença, a Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) trabalha para tirar dúvidas e divulgar informações sobre a enfermidade. Neste ano, a SBD criou a campanha #TopTipsemPsoríase para auxiliar os pacientes.
Caracterizada pelas manchas vermelhas e descamativas na pele, que podem durar semanas, a psoríase precisa de diagnóstico especializado, pois, em muitos casos, tem sinais semelhantes aos de outras doenças. Portanto, a recomendação é sempre buscar auxílio de um dermatologista.
— Ao notar os primeiros sintomas, a recomendação é procurar um médico dermatologista para diagnóstico preciso e prescrição dos tratamentos mais adequados. É importante evitar a automedicação ou receitas caseiras com a intenção de eliminar lesões — orienta Sérgio Palma, presidente da SBD.
Embora não tenha cura, a doença pode ser tratada e controlada. Para isso, é avaliado o grau das lesões. Conforme a gravidade, os especialistas podem prescrever desde cremes ou loções até tratamentos como fototerapia e medicamentos orais ou injetáveis. Além do tratamento específico para a doença, há recomendação de um atendimento multidisciplinar, pois a psoríase pode trazer impactos negativos na qualidade de vida dos pacientes, como ansiedade, depressão e ganho de peso, destaca Ricardo Romiti, coordenador da Campanha Nacional de Psoríase da SBD.
No Brasil, a prevalência da doença na população é de 1,3%, com variações em cada região. Embora possa acometer qualquer faixa etária, uma maior incidência é observada entre os 30 e 40 anos e 50 e 70 anos, afirma Palma.