Após analisar os pedidos de reconsideração, o governo do Rio Grande do Sul anunciou, nesta segunda-feira (3), que seis regiões permanecem sob as restrições da bandeira vermelha. São elas: Porto Alegre, Canoas, Taquara, Novo Hamburgo, Passo Fundo e Lajeado.
Na sexta-feira (31), 12 regiões haviam sido classificadas na cor, que prevê restrições mais rígidas para frear o coronavírus. Metade, porém, retornaram à bandeira laranja: Bagé, Pelotas, Palmeira das Missões, Caxias do Sul, Santo Ângelo e Santa Rosa.
Novo Hamburgo
Mesmo em bandeira vermelha, a prefeitura publicou nesta segunda um decreto flexibilizando algumas atividades econômicas. As medidas passam a valer a partir de terça (4). A administração municipal explicou que irá permitir o funcionamento do comércio não essencial na proporção de um cliente por atendente e a abertura de restaurantes à la carte e prato feito, além de buffet (desde que o prato seja servido pelo funcionário do restaurante), sempre com até 50% da capacidade do restaurante. A flexibilização não se estende a lancherias e lanchonetes.
Para prefeita Fátima Daudt, as flexibilizações para o comércio e restaurantes irão servir de incentivo para uma maior adesão ao controle da doença.
"Entendemos que o governo do Estado está fazendo um excelente trabalho no controle da pandemia. No entanto, além de reconhecer o esforço destes setores, consideramos que haverá ainda maior engajamento deles, inclusive na conscientização da população para que mantenham os cuidados necessários, como usar máscara, lavar as mãos com frequência e manter o distanciamento social", afirmou em nota.
"Nós respeitamos este modelo de distanciamento adotado pelo governo do Estado, mas consideramos justificável uma adequação. É difícil ver pessoas angustiadas por não conseguirem tocar seus negócios, ou passando dificuldades com dívidas que se acumulam dia a dia", concluiu.
Lajeado
O prefeito Marcelo Caumo fez críticas ao modelo de distanciamento e afirmou que a ferramenta deve servir para orientar as prefeituras, mas não como "decisão final".
— É um exemplo clássico do modelo que deu o que tinha que dar, mas que não serve mais. Foi importante em um período, mas os municípios não podem ficar reféns de um modelo que não analisa a realidade local. Ele gera muito mais prejuízos do que benefícios nesse momento. É fundamental que se dê autonomia às prefeituras.
Conforme Caumo, o número de infectados no município não reflete na ocupação de leitos de UTI.
— Atualmente, temos uma pessoa daqui e duas de cidades vizinhas na UTI de Lajeado. São três pessoas na UTI do município, que conta com 30 leitos, 10 exclusivos para covid. Passamos por um momento delicado, tivemos uma subida de pessoas infectadas, mas isso não se reflete no nosso hospital.
Passo Fundo
O prefeito Luciano Azevedo afirmou que a retomada da economia é essencial:
— Sabemos das dificuldades e da gravidade do momento. No entanto, a economia não pode mais ficar parada. Todos já estão suficientemente informados sobre a pandemia. Não é justo ferir de morte quem precisa trabalhar. Devemos seguir com os cuidados, mas a volta ao trabalho é uma necessidade.
GaúchaZH entrou em contato e aguarda o posicionamento das prefeituras de Taquara, Canoas e Porto Alegre.