O entusiasmo de alguns médicos e de parte da população brasileira com o uso de fármacos que não possuem utilidade comprovada contra o coronavírus deixa claro: ainda falta muito para a consolidação da medicina baseada em evidências no país. Essa abordagem, que busca usar os melhores dados científicos disponíveis para embasar as decisões sobre o tratamento de cada paciente, tem ficado de lado quando profissionais e gestores de saúde optam pelo emprego de medicamentos como a cloroquina ou a ivermectina, cuja eficácia e segurança ainda não foram demonstradas.
A passos de tartaruga
Embate sobre cloroquina mostra que medicina baseada em evidências engatinha no país
"Em vez de medicina baseada em evidências, vemos alguns praticando medicina baseada em impressões", diz a bióloga Natalia Pasternak
Folhapress
Reinaldo José Lopes