O governo gaúcho contratou um laboratório particular para fazer testes de coronavírus em profissionais da saúde e policiais com suspeita da doença no Rio Grande do Sul. A estimativa é que aproximadamente 250 análises de amostras sejam feitas por dia, ao custo de R$ 175 cada, com valores que serão pagos pelo Tesouro do Estado.
Segundo a diretora de Ações em Saúde da Secretaria da Saúde, Ana Costa, a iniciativa visa evitar a perda de profissionais das duas áreas. Com os testes, os casos negativos não precisariam cumprir a quarentena de 15 dias, o que vinha acontecendo atualmente para quem tinha sintomas.
— É uma iniciativa também para manter a força de trabalho. Dependemos desses profissionais para os hospitais e a segurança, que são hoje áreas de prioridade do nosso Estado — ressaltou a diretora.
A empresa contratada é a M&S Produtos Agropecuários Ltda., de Pelotas. A secretaria diz que o laboratório é "de excelência" e apresentou um diferencial dos demais: tem os reagentes necessários para uso nos testes. Os produtos estão em falta no mercado e inviabilizam estudos feitos por universidades.
Os exames já serão validados pelo Laboratório Central do Estado (Lacen), portanto, não precisam de contraprova. As amostras dos profissionais da saúde e policiais já devem começar a ser encaminhadas na terça-feira (7) para o laboratório particular, amenizando a demanda do Lacen. O laboratório ligado ao Estado faz entre 250 e 300 exames por dia.
A validade do contrato é de seis meses, podendo ser prorrogado por mais meio ano. Segundo a secretaria, esse é o primeiro laboratório que o RS contrata para auxiliar no combate à pandemia. Em breve, o Estado deve ampliar a parceria com universidades para a realização de mais exames.
Profissionais afastados
Na última quinta-feira (2), GaúchaZH mostrou que mais de 1,5 mil profissionais de saúde estão afastados no RS. Mais da metade tem sintomas, mas não sabe se a doença que acomete essas pessoas é coronavírus ou gripe. Por isso, são afastados preventivamente, reduzindo o quadro de trabalhadores dos hospitais. Não há informação sobre o número de policiais afastados no RS.
