A União Europeia (UE) vai proibir a entrada de todos os estrangeiros por ao menos 30 dias, como medida de combate à pandemia de coronavírus. A medida, anunciada nesta segunda-feira (16), engloba os 27 países do bloco e mais quatro que fazem parte da zona Schengen.
Exceções serão abertas apenas para cidadãos europeus, residentes e seus familiares diretos, profissionais de saúde ou de transporte, diplomatas, cientistas e trabalhadores em casos de emergência.
— Para ser efetiva, a restrição deve ser acompanhada por todos os membros da zona Schengen (que inclui países que não são da União Europeia, como Islândia, Noruega, Suíça e Liechtenstein) — disse Ursula von der Leyen, presidente da Comissão Europeia (o executivo do bloco).
A medida também pretende aliviar as barreiras de tráfego entre os estados-membros do bloco, que têm sido criticadas pela Comissão Europeia. Eric Mamer, porta-voz da presidente, disse nesta segunda que longas filas de caminhões estão se formando nas estradas, o que impede que peças e insumos cheguem às fábricas e prejudica a produção inclusive de equipamentos de saúde.
O transporte de alimentos e medicamentos também está sendo afetado. Segundo o porta-voz, as medidas da Comissão para as fronteiras têm como foco "proteger a saúde dos cidadãos, assegurar a disponibilidade de bens e serviços essenciais e resguardar os direitos de quem precisa viajar".
O problema fica ainda mais grave porque a produção é feita no sistema "just in time", com estoques baixos, e qualquer falha na logística provoca grandes desequilíbrios na produção. No domingo (15), Ursula já havia criticado em vídeo os fechamentos isolados de fronteiras dentro do bloco.