O governo da Espanha impôs neste sábado (14) um confinamento quase total para seus cidadãos, que só poderão sair de casa por motivo de trabalho ou necessidade máxima, como comprar comida, a fim de frear a propagação do coronavírus.
A medida, de aplicação imediata e anunciada pelo chefe de governo, Pedro Sánchez, faz parte de um amplo pacote de medidas aprovado dentro da declaração do estado de alerta por 14 dias no país, o segundo mais castigado na Europa, com mais de 5,7 mil infectados.
Os cidadãos só poderão sair de casa para ir ou voltar do trabalho, fazer compras, ajudar idosos, crianças ou pessoas dependentes, passear com animais domésticos e ir a centros de saúde ou instituições financeiras, em casos de força maior.
— A circulação terá que ser realizada individualmente, exceto para as pessoas com dificuldade motora — indicou Sánchez, após um conselho de ministros extraordinário, que durou mais de sete horas.
Em menos de uma semana, o número de infectados na Espanha cresceu 10 vezes. Além de limitar a circulação de pessoas, o governo determinou o fechamento do comércio, ratificou a suspensão das aulas aplicada nos últimos dias e se dotou da capacidade de intervir em bens privados, em seus esforços contra o coronavírus.
Em um país altamente descentralizado, com as responsabilidades sanitárias nas mãos de cada uma de suas 17 regiões, o estado de alerta permitirá a Sánchez e seus ministros assumir a gestão de todo o território.
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