O Ministério da Saúde reconhece pela primeira vez que há um caso suspeito de coronavírus no Estado de Minas Gerais. Uma estudante de 22 anos teve histórico de viagem a Wuhan, na China. Ela retornou ao Brasil dia 24 de janeiro, afirmou o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, em coletiva de imprensa realizada na manhã desta terça-feira (28), em Brasília. O ministro não deu mais detalhes sobre as próximas etapas da investigação.
Outros casos que estavam sob análise foram descartados como coronavírus e identificados como rinovírus, responsável por causar resfriado. Segundo Mandetta, o Brasil tem total capacidade de identificar o coronavírus e não há casos de circulação da doença no Brasil. O ministro aconselhou que viagens a turismo para a China sejam canceladas e feitas somente em caso de extrema necessidade.
Mandetta informou que a pasta terá uma reunião com a Organização Mundial da Saúde (OMS), na tarde desta terça-feira, sobre o tema e que o Instituto Butantan participará de um "esforço internacional" para a produção de uma vacina contra o coronavírus.
O ministro afirmou ainda que há muitas perguntas sem respostas, como o período de incubação e a ação em crianças e gestantes, entre outros. Contudo, o protocolo de tratamento permanece o mesmo, ou seja, a doença é tratada como Síndrome Respiratória Aguda Grave (Sars, sigla em inglês).
— Temos plano de contingência e vamos atualizá-lo. Além disso, protocolo já é definido e conhecido por todas as equipes de saúde dos Estados e municípios — destacou Mandetta.