Após meses de problemas no abastecimento da vacina pentavalente, os 140 postos de saúde de Porto Alegre finalmente tiveram o fornecimento das doses normalizado. A restrição da vacina, que protege contra difteria, tétano, coqueluche, hepatite B e hemófilo B, ocorria desde o começo de setembro na Capital.
No início deste mês, a situação chegou ao nível mais crítico, e as vacinas eram oferecidas em apenas seis postos da cidade. Conforme a Secretaria Municipal da Saúde (SMS), pacientes de outros municípios da Região Metropolitana onde não havia mais doses vinham se imunizar na Capital, o que fez com que as vacinas se esgotassem mais rapidamente.
Segundo a SMS, a situação não pode ser considerada totalmente normalizada, já que cerca de 90% do quantitativo considerado normal para novembro foi enviado. No entanto, como a quantidade de doses já é maior do que em outros meses, foi possível estender a oferta a todos os postos desde a última semana.
O abastecimento começou a ser feito de forma irregular desde julho. Segundo o Ministério da Saúde (MS), a vacina pentavalente adquirida por intermédio da Organização Pan-Americana da Saúde (APAS) foi reprovada em teste de qualidade feito pelo Instituto Nacional de Controle de Qualidade em Saúde (INCQS) e análise da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Por esse motivo, as compras com o antigo fornecedor foram canceladas.
Procurada, a Secretaria Estadual da Saúde informou que a distribuição ainda não está normalizada no Estado. Em outubro, cerca de metade do lote previsto foi recebido, e, em novembro, o envio também não foi feito da forma prevista. O Estado detalhou que a expectativa do Ministério da Saúde é regular a distribuição aos estados em novembro. Segundo a SES, não há levantamento dos municípios com falta de vacina, já que o fluxo é organizado por repasses mensais às cidades com base em critérios populacionais.
No começo do mês, o Ministério da Saúde também havia feito a previsão de normalização em novembro. A reportagem de GaúchaZH ainda aguarda retorno aos questionamentos feitos na manhã desta segunda-feira (21).
A vacina é aplicada nos bebês aos dois, quatro e seis meses de vida. Segundo o Ministério da Saúde, quando os estoques forme normalizados, o Sistema Único de Saúde (SUS) fará uma busca ativa pelas crianças que completaram esta idade entre agosto e novembro para que sejam vacinadas.