Em 1° de setembro, um aluno da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS) foi identificado com sarampo. De acordo com a assessoria da universidade, foram mapeados os locais no campus e pessoas com as quais o estudante teve contato e, logo após, a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) realizou, de forma preventiva, a aplicação de vacina no grupo de pessoas selecionadas.
Situações como a que ocorreu na PUCRS podem gerar dúvidas em quem frequenta espaços em que casos da doença são confirmados. É necessário tomar a vacina mesmo que não tenha havido contato direto com o infectado?
De acordo com Juarez Cunha, presidente da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm), não há necessidade fazer a vacinação novamente, desde que as duas doses necessárias já tenham sido feitas após um ano de vida.
— Mas isso tem que ser comprovado, tem que estar registrado na carteira de vacinação. Se a pessoa não tiver o registro, pode fazer de novo — explica ele.
Cunha diz que muitas pessoas não têm a vacinação em dia – seguindo o recomendado pelo Calendário Nacional de Vacinação – e que, sendo assim, precisam passar pelo que é chamado de ação de bloqueio, que consiste em vacinar todos que possam ter tido contato com alguém infectado, exatamente como foi feito pela SMS na PUCRS.
— Em ações de bloqueio, a vacinação é feita em qualquer idade, desde que a pessoa tenha mais de seis meses — afirma Cunha.
Sendo assim, uma pessoa que não tomou — ou não tem certeza — as duas doses da vacina e teve contato com alguém que está com suspeita ou já tem a confirmação da doença, deve agir rápido e buscar a vacinação.
— Em até três dias após o contato, a vacina ainda tem boa chance de prevenir. Já o diagnostico, às vezes, demora mais do que isso. Então, não é recomendado esperar uma confirmação da doença para fazer as ações de bloqueio — recomenda.