Os motoristas terceirizados que prestam serviço à Secretaria Estadual da Saúde paralisaram as atividades por tempo indeterminado. Eles são responsáveis pela logística de medicamentos, transporte de pacientes, de bolsas de sangue e demais serviços da saúde. Os terceirizados que estão em greve não são ligados ao Serviço de Atendimento Médico de Urgência (Samu).
Conforme o presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rodoviários Intermunicipais,Interestaduais, Turismo e Fretamento do Rio Grande Do Sul (Sindirodosul), Irineu Neri Silva, não foram pagos os salários de setembro, que deveriam ter sido quitados na sexta-feira (5).
— Estamos atendendo apenas os casos de extrema urgência. A empresa nos disse que o Estado não pagou, mas a gente não sabe. O vale transporte deveria ser pago hoje e também não recebemos ainda — reclama Silva.
Há, ainda segundo o sindicato, atraso nas diárias e nos depósitos do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS).
Os trabalhadores estão reunidos em protesto nesta tarde no prédio do Centro Administrativo Fernando Ferrari, na Avenida Borges de Medeiros, no centro de Porto Alegre.
São 101 motoristas terceirizados que atuam na saúde, contratados da Job RH. Procurada pela reportagem, a empresa disse que vai se manifestar no final da tarde.
A Secretaria Estadual da Saúde afirma que "os pagamentos à empresa JOB estão rigorosamente em dia". Informa ainda que o transporte de órgãos para transplantes estão sendo realizados por motoristas da própria Secretaria.