Livre da febre amarela silvestre desde 2010, o Rio Grande do Sul tem dois casos suspeitos da doença neste início de 2018. A informação foi divulgada pela Secretaria Estadual da Saúde (SES) nesta sexta-feira (26). Trata-se de um homem, morador de Dois Irmãos, no Vale do Sinos, que viajou para o Estado do Pará recentemente. O outro caso é vinculado a uma pessoa que reside na cidade de Portão e que teria contato com o meio rural.
— Mas o Rio Grande do Sul continua numa situação absolutamente tranquila. Não houve modificação em relação aos anos anteriores. Esses dois casos que estão em investigação são da rotina — destaca o titular da pasta, João Gabbardo dos Reis.
De acordo com o Centro Estadual de Vigilância em Saúde (CEVS), 42 casos foram investigados em 2017, sendo que todos deram negativo para a febre amarela. A média de investigações da CEVS para a doença é de 22 ao ano.
Além das situações relatadas, a prefeitura de Porto Alegre também analisa se a morte de um bebê de 11 meses neste mês está relacionada à vacina contra a doença.
— Era um caso tratado, inicialmente, como meningite, mas que não se confirmou. Estamos investigando todas as hipóteses — esclarece o secretário municipal da Saúde, Erno Harzheim.
Conforme a SES, o Rio Grande do Sul está livre da circulação do vírus da febre amarela silvestre e não conta com casos da doença em bugios – diferentemente da situação enfrentada pelos Estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Espírito Santo e Bahia.
Gabbardo frisa que não há motivo para pânico:
— As pessoas, entre 9 meses e 60 anos, devem procurar a vacina com calma e tranquilidade.
Só em janeiro deste ano, o governo gaúcho já distribuiu 120% a mais de doses aos municípios, na comparação com dezembro de 2017. São pelo menos 106,5 mil vacinas a mais nos postos da rede estadual de saúde.
— Lembrando que a vacina deve ser priorizada para quem vá viajar às áreas onde há circulação do vírus, como também para quem mora em local onde o risco é maior de ter contato com o mosquito que transmita a febre amarela — destaca o secretário Gabbardo, ao frisar que essa medida protege não só o viajante, como também a comunidade na hora do seu retorno para casa.