A Organização Mundial da Saúde (OMS) divulgou nesta terça-feira (16) informe em que classifica todo o Estado de São Paulo como área de risco para a febre amarela. Segundo a entidade, a decisão foi tomada a partir do crescimento do nível de atividade do vírus da doença no território paulista desde o fim de 2017.
Com isso, a OMS recomenda que toda pessoa que pretenda viajar para qualquer ponto do Estado, partindo de dentro do Brasil ou de outros países, tome a vacina contra a febre amarela com dez dias de antecedência.
A entidade informa ainda que a avaliação é um processo permanente e que pode vir a indicar novas áreas de risco no país.
De acordo com a OMS, desde dezembro de 2016 foram registradas ocorrências de febre amarela em macacos em 21 Estados brasileiros e no Distrito Federal, com 788 casos em humanos, dos quais 265 resultaram na morte do doente.
Secretário de Saúde do RS esclarece dose única da vacina
Em entrevista ao Gaúcha Mais, nesta terça-feira (16), o secretário estadual da Saúde, João Gabbardo dos Reis, frisou que a vacina contra a febre amarela não necessita de reforço, mesmo para as crianças.
— A ciência previa que a vacina tinha duração de 10 anos, por isso era recomendada uma nova dose. Mas, com novos testes, foi visto que o vírus não evoluiu. Com isso a imunização segue valendo, mesmo que a pessoa tenha feito há 15, 20 ou mais de 30 anos — explica.
Gabbardo destaca que 70% da população gaúcha está imunizada contra a doença. — Não temos casos de febre amarela no Estado há dez anos — comemora.
Os 30% restante são moradores do litoral e de algumas cidades do Norte gaúcho – regiões que, a partir da semana passada, integram a lista de locais com recomendação da vacina.
— Essas pessoas podem procurar os postos de saúde com calma. Não tem razão para correria. Além disso, temos disponibilidade de doses nas unidades de todos os municípios do Estado — ressalta.