Apesar do crescimento na procura pelo atendimento no SUS, o número de leitos hospitalares na rede pública de Caxias do Sul é menor que na particular. São 1.340 leitos. Desse total, 708 são para atendimentos privados. Os outros 638 são destinados a quem depende do setor público.
O impacto do crescimento de pacientes no SUS é sentido pelo Hospital Pompéia, que conta com 180 leitos para a rede pública. A diretoria aponta que, no último trimestre, a demanda faz com que a operação tenha chegado ao limite. "Não tem onde colocar (os pacientes). A estrutura está saturada", define o diretor técnico Mario Fedrizzi.
Segundo ele, o Pompéia ultrapassou a condição de atender, inclusive, pacientes que precisam estar no hospital. É que a instituição tem enfrentado também outra dificuldade: a alta na procura por atendimentos que poderiam ser realizados nos postos de saúde ou no postão 24 horas
Conforme a Secretaria Municipal da Saúde, 21 pacientes aguardam internação no Pompéia. A secretária Dilma Tessari diz que a busca é por leitos em outros hospitais, como o Geral e o Virvi Ramos.
Para tentar amenizar o problema a médio e longo prazo, a secretária negocia parcerias com hospitais da região com leitos sobrando. A ideia é que pacientes que precisam de atendimentos de baixa e média complexidade fiquem em outros municípios, como São Marcos e Flores da Cunha. No entanto, Dilma admite que existe resistência dos pacientes em aceitar essa transferência.
Entre os motivos para o aumento da demanda no SUS, está o fechamento de postos de trabalho na cidade, o que fez com que muitos trabalhadores deixassem de contar com planos de saúde.