O ministro-chefe da secretaria de comunicação da Presidência da República, Edinho Silva, garantiu nesta segunda-feira (23) que as medidas de combate à microcefalia estão entre as prioridades do governo federal. Segundo ele, não faltará recurso para políticas públicas que se fizerem necessárias.
"Quando se fala em saúde pública, os recursos têm que ser destinados para que a gente enfrente uma questão de relevância, como a questão da microcefalia, nem que o governo busque fazer compensações em outras áreas do orçamento", afirmou o ministro, após reunião da equipe de coordenação política.
Segundo ele, a presidente Dilma Rousseff pediu que o ministro da Saúde, Marcelo Castro, conclua os estudos para confirmar se há relação da doença com o Zika Vírus, transmitido pelo mesmo mosquito da dengue. Castro deverá se reunir nos próximos dias com todos os pesquisadores que estudam os casos, que já chegam a 399 em sete estados do Nordeste.
O governo federal também prepara uma campanha informativa para ser veiculada, e o ministro da Defesa, Jaques Wagner, cria um grupo interministerial para caso se faça necessário apoio às políticas do Ministério da Saúde.
Rio Grande do Sul em alerta
Em entrevista ao Gaúcha Repórter de sexta-feira, o secretário da Saúde do Rio Grande do Sul, João Gabbardo, disse que é questão de tempo para o Zika Vírus chegar ao Estado. A secretaria está em alerta e pede que a população ajude a controlar os focos do Aedes Aegypti, transmissor da doença.
O vírus tem sido relacionado com o surto de microcefalia enfrentado pela região Nordeste do País. É uma relação inédita na literatura científica, mas testes realizados em gestantes mostraram a presença do vírus no líquido amniótico em casos de bebês com a doença.
