O Ministério da Saúde informa que o paciente africano que chegou ao Brasil com sintomas do vírus ebola não teve contato com pessoas contaminadas na Guiné. Os médicos que monitoram o caso investigam todas as possibilidades da possível transmissão do vírus, o que ainda não está confirmado. Boletim médico da tarde desta sexta-feira (10) indica que o quadro de Souleymane Bah, de 47 anos, que segue isolado no hospital da Fiocruz, no Rio de Janeiro, é estável. Mesmo que a contaminação não se confirme, os exames serão repetidos 48 horas depois do resultado do primeiro, que fica pronto neste sábado (11).
O africano veio de Guiné para o Brasil no dia 19 de setembro. Em menos de 24 horas, ele procurou uma unidade de pronto atendimento em Cascavel, no Paraná, alegando ter tido febre, tosse e dor de garganta. Apesar de não apresentar outros sintomas da doença, como vômito, diarreia e hemorragia, recebeu todo o tratamento que deveria ser feito, de acordo com o protocolo internacional, conforme o ministro da Saúde, Arthur Chioro.
“Nós não poderíamos tratar, ou desconsiderar. Nós estaríamos dando uma condução totalmente inadequada, irresponsável se nós não trabalhássemos com o máximo de rigor a partir do momento que o caso é considerado um caso suspeito”, afirmou.
O material coletado para análise está sendo examinado em um laboratório especializado no Pará. Cerca de 64 pessoas, que tiveram contato direto ou indireto com o paciente, estão recebendo acompanhamento, principalmente com medição de temperatura corporal.
O Brasil está enviando mais 10 kits com medicamentos e equipamentos de proteção para Guiné, Serra Leoa e Libéria. O país ainda vai mandar 11 mil toneladas de arroz e feijão aos países com alto nível de contaminação pelo vírus. A pior epidemia de ebola já registrada matou 4.033 pessoas até agora. Os casos confirmados foram na Guiné, Libéria, Nigéria, Senegal, Serra Leoa, Espanha e Estados Unidos.