Bater ponto. A expressão, que já é antiga há algum tempo, “importada” do ambiente corporativo e que significava ir a um mesmo lugar repetidas vezes começa a entrar de vez em desuso graças às novas realidades de trabalho. A ideia de se dirigir a um escritório e por lá ficar de oito a dez horas por dia parece cada vez mais coisa do século passado, e, mais importante que isso, tem afastado jovens integrantes do mercado de trabalho de empresas com essa constituição mais “tradicional”. A Geração Y (dos nascidos entre 1985 e 1999) e a Geração Z (dos nascidos a partir do ano 2000) não veem apenas o salário como fator determinante para ingressar ou permanecer em uma empresa. Eles querem mais.
O que a nova geração mais valoriza no trabalho foi levantado pela pesquisa “Millenials in Europe and Brazil”, realizada pelo Grupo Geometry/WPP, que entrevistou jovens entre 18 e 20 anos nos dois continentes. O resultado da pesquisa indica que em primeiro lugar na lista de desejos dos entrevistados está Qualidade de Vida (38%), seguida de Carreira (24%) e, empatados, aparecem Dinheiro e Contribuição para a Humanidade (19% cada).
O movimento também é observado pelo gerente de Recursos Humanos da IE Mercúrio Rodrigo Silveira, que nota uma diferença na maneira em que os jovens se relacionam com as empresas. Enquanto há 20 ou 30 anos uma carreira consolidada se dava por bastante tempo em uma mesma empresa, hoje os profissionais não se preocupam tanto com estabilidade, mas com os fatores elencados pela pesquisa.
— Meu pai está há quase 50 anos no mercado de trabalho e, na sua carreira, trabalhou em apenas duas empresas. Isso é algo quase impensável no cenário atual. Não se retém mais um jovem talento apenas com remuneração. Esse profissional busca um ambiente em que ele possa ter autonomia, versatilidade, trabalhar por atingimento de metas e não por horas trabalhadas, algo muito diferente do que se via nas corporações até então — contextualiza Silveira.
Proporcionar desafios para que esse jovem se sinta instigado a melhorar e cumprir novas etapas também é fator determinante, e igualmente desafiador para os líderes das empresas. A ideia de um “chefe” controlador é outra que começa a desaparecer enquanto novos estilos de liderança são buscados na tentativa de flexibilizar as relações de trabalho.
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— Na IE Mercúrio temos trabalhado com a ideia de proporcionar autonomia. Trabalhar por demandas e entregas e não por cumprimenro de horários, bem como fazer uma avaliação por desempenho de tarefa. Os feedbacks são tão importantes quanto a remuneração e benefícios como plano de saúde e vale refeição, com os quais a empresa também trabalha — conta Silveira.
Trabalho remoto e horários flexíveis são pontos mais valorizados
A pandemia acabou por acelerar uma tendência que já vinha sendo observada há algum tempo. O home office está em alta e veio pra ficar em muitas empresas. A maior autonomia é algo muito valorizado pelos novos profissionais e isso deve seguir mesmo após o retorno aos escritórios, observa o gerente Rodrigo Silveira:
— Esse jovem profissional quer ter a possibilidade de, por exemplo, encerrar o expediente mais cedo porque conseguiu entregar toda a demanda do dia e precisa ir mais cedo para a faculdade. Ou então quer um intervalo mais longo para ir na academia ou até mesmo se liberar algumas horas antes para um churrasco com os amigos. A noção de ter que chegar determinada hora, sair em horário específico e repetir tudo no dia seguinte acaba engessando o jovem, que não quer mais esse tipo de relação. Para ele o trabalho não pode ser um “estorvo”, mas parte integrante, algo mais na vida dele. E esse deve ser mesmo o futuro do mercado.
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