Mais três casas de bombas devem ser religadas nos próximos dias em Porto Alegre, conforme o Departamento Municipal de Água e Esgotos (Dmae). A previsão é que, até domingo (19), devem voltar a operar as estações 13, que fica no Parque Marinha; quatro, localizada no Parque Náutico, na Voluntários; e a seis, que protege o bairro Anchieta, incluindo o Aeroporto.
Das 23 Estações de Bombeamento de Água Pluvial (Ebaps), nove estão ligadas até o momento.
— Na número quatro já avançamos bem. Fizemos um caminho ali, um acesso para que a nossa equipe consiga chegar e fazer manutenção nos motores e colocar o gerador também — projetou o diretor-geral do Dmae, Maurício Loss.
As demais ainda precisam de mais ajustes:
— Na seis, a nossa equipe ainda segue trabalhando forte. Só que a seis foi bem inundada. A gente acredita que vai ter que retirar os motores de lá e levar para uma estufa para secar, eles foram bem, bem alagados mesmo. Nós temos a número 13, que a gente está avançando bem também ali no Parque Marinha, que, talvez até sábado (18), a gente consiga religar ela e ajudar na região do Menino Deus.
A ideia é que a retomada na bomba quatro contribua - com a redução da água - para que seja possível acessar a três, que fica na São Pedro. Uma vistoria ainda será feita na 20, localizada na Vila Minuano, para avaliar a viabilidade de ser colocada em operação, auxiliando no escoamento da água no bairro Sarandi, o mais afetado pela enchente em Porto Alegre. As casa de bombas na Zona Norte chegam a estar com água em uma altura de 1,7m.
Centro Histórico
As casas de bomba que estão funcionando foram religadas a partir de geradores de energia, já que tiveram parte da operação elétrica inundada. Em algumas, como a 14 e a 15, o funcionamento já não depende mais dos equipamentos, uma vez que a energia elétrica foi restabelecida.
No caso das casas 17 e 18, que ficam localizadas no Centro, entretanto, foram identificados problemas de concepção de projeto. Isso inviabiliza a retomada no bombeamento na região.
— Elas deveriam ter sido construídas mais altas, com motores mais altos e também com um poço de saída ali. Deveria ter um poço mais alto também para defender um pouco mais em relação ao Guaíba. Tem que esperar baixar um pouco mais o nível para termos mais segurança e também para conseguir acessar. A gente avalia, inclusive, a abertura das comportas ali para ajudar no escoamento da água com mais rapidez. Mas para isso nós não temos ainda nenhuma previsão. Precisamos ter uma segurança maior de que o nível do Guaíba não vai voltar a subir — explicou Loss.
ETA Moinhos
A expectativa de elevar nesta quinta (16) a vazão na Estação de Tratamento de Água (ETA) do Moinhos de Vento não se confirmou. As equipes retiraram mais motores inundados de dentro da estação, mas ainda não conseguiram colocar o segundo motor. Uma segunda tentativa será feita nesta sexta (17) para aumentar a capacidade da estação.