A 14ª edição do Arrastão da Turucutá reuniu centenas de pessoas no Centro Histórico de Porto Alegre, na tarde deste sábado (23). A tradicional festa de rua da Capital celebra os 16 anos do coletivo cultural.
A concentração teve início às 14h na Rua Washington Luís, esquina com a Rua Bento Martins. A Empresa Pública de Transporte e Circulação (EPTC) bloqueou a rua no trecho e auxiliou no monitoramento do trânsito. A Brigada Militar também reforçou a segurança no entorno do local.
Momentos antes de iniciar a apresentação da bateria, Amadeu Medina, 37 anos, integrante da direção do coletivo Turucutá, reuniu os 80 músicos em um cantinho da Rua Bento Martins para fazer os alinhamentos finais sobre repertório, performance e também para motivar o grupo.
Medina explica que o coletivo conta com uma oficina de percussão e uma banda que toca em casamentos, eventos corporativos e aniversários. Anualmente, durante o arrastão, os dois "braços" da Turucutá se reúnem para levar às ruas toda a brasilidade de um repertório composto por covers e músicas autorais.
— A gente faz essa nossa saída geralmente próximo do dia 17 de março, que é a data em que celebramos o nosso aniversário. Já são 16 anos dessa caminhada, embelezando a cidade com a música popular brasileira — comenta medina.
O evento contou com caminhão de som, banheiros químicos, duas ambulâncias, e uma equipe de limpeza que foi atrás do bloco, coletando os resíduos. Segundo Medina, o financiamento foi totalmente independente, sendo 40% custeado pela oficina de percussão e o restante, pela venda de uma rifa online.
A apresentação da bateria começou às 16h30min. Na sequência, teve início a caminhada pela Washington Luís em direção à Praça Júlio Mesquita, também conhecida como Praça do Aeromóvel, em frente à orla do Guaíba.
Os membros do coletivo vestiam as cores vermelho e verde, que representam a Turucutá. O ressoar da bateria animou a multidão que seguia o carro de som e despertou o interesse até mesmo dos moradores do entorno que foram às janelas conferir a festa.
A barista Cristine de Campos Rampi, 47, aproveitou o tempo firme da tarde de sábado para participar do bloco. Moradora da Cidade Baixa, ela só poderia ficar na festa até as 19h, para trabalhar depois, mas diz que havia disposição de sobra.
— Estou sempre em bloquinhos e esse ano eu vou conseguir ver quase toda a apresentação. Tô com muita vontade de estar aqui, muita vontade — comenta.
Além da bateria, também houve apresentações no carro de som com harmonia, guitarra, cavaco, trompete, trombone e saxofone. A abertura e o encerramento, que deve ocorrer por volta de 23h, ficou por conta do DJ Nego Minas.