A zona sul de Porto Alegre ainda é impactada pela chuva e pelo vento do ciclone extratropical que age sobre o Rio Grande do Sul. A região é uma das mais afastadas do centro da Capital e costuma registrar danos em dias de temporal. Entre a tarde e a noite desta quinta-feira (13), a reportagem de GZH percorreu bairros desta área durante aproximadamente três horas para verificar os transtornos enfrentados pela população.
A Estrada Retiro da Ponta Grossa, que vai na direção do bairro Belém Novo, tinha pontos de alagamento. A água de um dos arroios quase chegava ao nível da ponte do meio da via, que também era ladeada por campos inundados em alguns trechos. Os alagamentos não geravam bloqueio, mas exigiam que os motoristas diminuíssem a velocidade dos veículos. A situação dificultava a passagem de veículos mais pesados.
Já no bairro Lami, durante a tarde, não havia mais pontos de bloqueios nas principais ruas. Mas a escuridão imperava em razão da falta de energia elétrica. Havia equipes da CEEE Equatorial trabalhando para recuperar fios e postes atingidos por galhos jogados pelo vendaval em alguns pontos, como na Avenida Edgar Pires de Castro.
Moradores da Rua Otaviano José Pinto relataram medo de terem a casa invadida pela água. A via, segundo a dona de casa Patricia Ilg Harras, 50 anos, não tem rede de esgoto para o escoamento da água, o que torna o lugar praticamente intransitável em dias de chuva.
— O sentimento é de medo. A gente fica pensando o que vai acontecer com os móveis da gente. Tem muita água. O pátio da gente fica todo cheio de água. Às vezes, não tem nem como sair para a rua — reclama Patricia.
O Lami ainda enfrentava, no final da tarde, problemas com a rede de internet e telefonia.