Uma casa de madeira foi destruída por um muro que cedeu devido ao temporal deste domingo (13), no bairro Vila Jardim, zona norte de Porto Alegre. A residência fica nos fundos de um condomínio e foi atingida pela estrutura de tijolos erguida para separar os dois terrenos.
A contenção tinha em torno de 10 metros de comprimento e 2,2 metros de altura. Foi erguida sobre um barranco, que desmoronou com a chuvarada.
Do imóvel, sobraram algumas madeiras da parede e poucas telhas. Roupas, móveis de madeira, o estribo da cama e as portas ficaram amontoados em meio ao barro que tomou conta do pátio.
A aposentada Evonilda da Silva Matos, 69 anos, estava em outra peça, um anexo do mesmo terreno, no momento do incidente. Ela diz nunca ter presenciado tromba d'água tão intensa nos 30 anos que mora na região.
— Foi muita chuva e muito vento. Ouvi um barulho e, em segundos, a casa estava no chão. Eu tinha erguido essa porque tinha medo de morar na casa velha — conta.
A outra construção teve a parede atingida, e a alvenaria estava parcialmente tombada na manhã desta segunda-feira (14). A idosa morava com quatro cães — um deles, a cadelinha Preta, morreu.
— Viemos correndo para ajudar. Uma cadelinha conseguimos socorrer, mas a outra ficou embaixo dos escombros — conta o vizinho, o autônomo Luis Shaiano, 31 anos.
No início da manhã desta segunda, a proprietária da casa aguardava a chegada da Defesa Civil. O socorro esteve no local no final da tarde passada, mas não havia iluminação suficiente para contabilizar os estragos, segundo os moradores do condomínio.
O síndico informou que o residencial, de 12 apartamentos, está prestando atendimento à moradora que teve a casa destruída. Em uma das garagens, foram guardados os eletrodomésticos salvos: uma geladeira, um microondas, um televisor e alguns outros itens. Alimentos perecíveis foram acomodados no freezer de um dos condôminos. A aposentada passou a noite na casa de parentes.