O projeto para revitalizar o antigo Hospital Parque Belém, na zona sul de Porto Alegre, e instalar no local um novo complexo de saúde está em stand-by. Neste mês, a Associação Sanatório Parque Belém, proprietária do espaço, rompeu o contrato de aluguel com a Associação Beneficente São Miguel (ABSM), a mesma que assumiu a administração do Hospital Beneficência Portuguesa, também na capital gaúcha.
De acordo com Luiz Augusto Pereira, presidente da mantenedora do Parque Belém, o rompimento foi causado pela falta de pagamento do aluguel, que estaria em atraso desde janeiro.
— Não foram atendidas cláusulas do contrato, como início das obras e de ordem financeira — observa.
A São Miguel deveria pagar R$ 12 mil por mês de aluguel entre maio e dezembro do ano passado — depois, o contrato previa que o preço do uso da estrutura subisse para R$ 120 mil.
— Como os projetos de revitalização ainda estão em tramitação na prefeitura e precisam de autorização da Vigilância Sanitária, a São Miguel buscava junto à direção do Parque Belém um aditivo no contrato, mantendo o valor inicial do aluguel até o reinício dos atendimentos no hospital — justifica o diretor-executivo da ABSM, Ricardo Pigatto.
O aditivo negociado desde o começo deste ano não foi concedido. Mesmo assim, a ABSM garante que segue com os planos de instalar um complexo hospitalar no local e espera retomar o contrato.
— Para se ter uma ideia, o CNPJ da filial da São Miguel no Parque Belém só saiu no início de abril. Temos diversos projetos em andamento na prefeitura. Não é do nosso interesse abandonar a ideia desse complexo na zona sul de Porto Alegre — ressalta.
Pereira, da Associação Sanatório Parque Belém, tem outros planos: procura de uma nova instituição para arrendar o espaço.