Uma reunião entre representantes da prefeitura e o ministro do Turismo, Marcelo Álvaro Antônio, em Brasília, manteve vivo o projeto de um Centro de Eventos e Convenções construído com verbas federais em Porto Alegre. As definições sobre como e de onde viria o repasse de R$ 60 milhões para a obra, todavia, ainda estão longe da conclusão. Também não há prazo para o início dos trabalhos.
Segundo o vice-prefeito de Porto Alegre, Gustavo Paim – emissário da prefeitura ao lado da secretária municipal de Planejamento e Gestão, Juliana Castro –, a iniciativa do encontro na Esplanada se deu em razão da existência de uma "cláusula suspensiva", que expirava em 1º de março de 2019.
Na prática, se tratava de um prazo para Porto Alegre comprovar que mantinha o interesse na obra e que cumprira três pré-determinações: destacar um terreno da prefeitura, obter as licenças ambientais para a construção e apresentar um projeto de engenharia e arquitetura.
O terreno é uma área de 3,7 hectares ao lado do estádio Beira-Rio e a prefeitura providenciou o projeto em julho passado, junto à Mafra Arquitetura. O centro teria cerca de 12 mil metros quadrados para receber congressos, feiras e convenções para mais de 4 mil pessoas, atraindo sobretudo o turismo de negócios para a capital gaúcha.
Mediante a apresentação desses dados, o projeto ganhou um fôlego de 90 dias para tramitar, dessa vez, nos escaninhos do governo federal. No entanto, ainda é incerta a origem dos recursos para a obra dentro da estrutura do governo Jair Bolsonaro. Como se trata de uma obra de prevista desde 2013 no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), ainda não se sabe quais ministérios herdarão as iniciativas previstas em gestões passadas. A única garantia, por ora, é de que o projeto não expirou.
— A reunião serviu para Porto Alegre mostrar que o centro segue prioritário para a cidade, e acredito que conseguimos mais um parceiro na sua execução – declara Paim, se referindo ao ministro Álvaro Antônio.
O vice-prefeito participou ainda de uma reunião com ministro da Justiça, Sergio Moro, em que ele apresentou o pacote de leis contra o crime organizado e a corrupção para membros da Frente Nacional dos Prefeitos. O ministro pediu apoio dos prefeitos na tramitação da nova legislação no Congresso.