Depois de retornarem dos Estados Unidos com promessa financiamento de US$ 30 milhões do Banco Mundial para obras de desenvolvimento do 4º Distrito, o prefeito de Porto Alegre, Nelson Marchezan, o presidente da Câmara Municipal, Valter Nagelstein, e secretários municipais receberam empresários, representantes de entidades de classe e a promotora de Justiça do Meio Ambiente Annelise Monteiro Steigleder no Paço Municipal nesta sexta-feira (21) para explicar o projeto e tirar dúvidas.
— Convidamos forças vivas que podem fazer com que o projeto aconteça. Acredito que pouca gente tinha conhecimento do Masterplan, projeto contratado pela prefeitura e feito pela UFRGS — comenta Nagelstein.
O professor Benamy Turkienicz, coordenador do Núcleo de Tecnologia Urbana da UFRGS, foi o responsável por apresentar a proposta. O Masterplan tem como objetivo dosar o uso do solo urbano visando à atração de investimentos privados em infraestrutura e empreendimentos nas áreas de tecnologia, saúde, conhecimento e indústria criativa, gerando emprego e renda.
— O 4º Distrito tem um potencial enorme para mudar a cara de Porto Alegre — ressaltou Marchezan, na ocasião.
Além de criar novos espaços para habitação social (moradores com renda de até três salários mínimos), praças, parques, distritos de inovação tecnológica, universidades e instituições de ensino e pesquisa, o projeto visa à oferta de melhores condições para quem pretende morar ou trabalhar na região. O 4º Distrito é uma área de 594 hectares que abrange os bairros Floresta, São Geraldo, Navegantes, Humaitá e Farrapos.
Os R$ 30 milhões do Banco Mundial deverão ser utilizados para a contenção de alagamentos, saneamento e mobilidade urbana, além da elaboração de um estudo de viabilidade econômica. Nagelstein explica o propósito:
— Sabemos o que é o bairro e o que queremos do bairro, mas como se viabiliza que aconteça? Por exemplo: precisamos de ter novas vias estruturantes, mas essa estrutura custa quanto e quem paga?
O Banco Mundial também ofereceu assistência técnica para a estruturação de projetos e revisão do Plano Diretor da Capital. De acordo com a prefeitura, os recursos desse trabalho serão utilizados "a fundo perdido" — ou seja, a cidade não precisará devolvê-los.