Assim como Canoas fez na semana passada, a prefeitura de Sapucaia do Sul e a Fundação Hospitalar Getúlio Vargas anunciaram restrição em atendimentos na área da saúde alegando falta de repasses do governo gaúcho. A partir desta quarta-feira (21), o hospital Getúlio Vargas suspenderá cirurgias eletivas e exames eletivos de imagem por tempo indeterminado. Serão mantidos os atendimentos de urgência e emergência do hospital, além da UPA 24h e do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu).
De acordo com direção do hospital, faltam insumos necessários para cirurgias e demais procedimentos devido à falta de verba. Os salários de servidores estão atrasados. 100% dos atendimentos no hospital são pelo Sistema Único de Saúde (SUS).
A prefeitura diz que o governo gaúcho tem dívida vencida com o hospital de Sapucaia no valor de R$ 7,8 milhões. No próximo dia 30, esse valor chegará em R$ 12 milhões, diz a administração municipal. A prefeitura também está em atraso com o hospital em cerca de R$ 2 milhões. De acordo com a Secretaria Municipal da Fazenda, esse valor será quitado até fevereiro de 2019, com recursos próprios. O estado não tem dado prazo para pagar.
A prefeitura suspendeu o repasse de curativos, fraldas, fitas de HGT, entre outros itens na rede de saúde básica até que a situação financeira seja normalizada.
O governo do Estado informou que nos próximos dias deverá estabelecer a data de pagamento dos débitos estaduais. O Piratini citou ainda que "tem feito um grande esforço para regularizar as dívidas herdadas com as instituições hospitalares, prefeituras e fornecedores.