Servidores municipais ligados à área da saúde da prefeitura de Porto Alegre fazem um protesto na manhã desta quarta-feira, o que afeta o trânsito na área central da Capital. Trabalhadores das Equipes de Saúde da Família fazem uma paralisação ao longo de todo o dia, pedindo melhores condições salariais.
A paralisação dos servidores deve seguir até 18h, e não há previsão de novas caminhadas. O movimento estima que de 85 a 90 unidades de saúde da família estejam fechadas hoje — no entanto, 30% do contingente do Instituto Municipal de Estratégia de Saúde da Familia (IMESF) está mantido, conforme decisão judicial, garante o sindicato dos enfermeiros e técnicos em saúde.
Os funcionários reivindicam dois pontos principais: a falta de reajuste salarial há mais de dois anos para cerca de 2 mil trabalhadores e uma sinalização por parte da prefeitura de que não será retirado um incentivo que corresponde a 10% do salário-base. Em frente ao Paço Municipal, tentam um encontro com o prefeito Nelson Marchezan:
— Desde sempre as pessoas recebem esse incentivo, isso já é incorporado. Queremos uma conversa com o prefeito e também a criação de uma comissão envolvendo prefeitura e sindicatos que discuta essa questão. Já estamos tentando negociar há um ano e meio. Infelizmente, a manifestação é um dos últimos recursos, mas chegou ao ponto que está difícil o diálogo com a prefeitura — afirma Estevão Finger, presidente do Sindicato dos Enfermeiros do RS (Sergs) e um dos coordenadores do movimento.
A paralisação também conta com agentes de técnicos da saúde (Sindisaúde) e de agentes de saúde (Sindacs) e tem apoio de sindicatos dos médicos (Simers) e dos servidores da Capital (Simpa). Para o próximo dia 24, está marcada uma assembleia que poderá determinar o início de uma greve caso a negociação não avance.