
Após a notícia de que a prefeitura prepara uma área no centro da Capital para receber quem hoje frequenta as noites da Cidade Baixa, o vice-presidente da Associação Comunitária do Centro Histórico de Porto Alegre, Paulo Guarnieri disse achar "apropriado" a ideia de levar a boemia à região do Largo Glênio Peres, em frente ao Mercado Público. A justificativa é de que o local não tem muitas residências nas proximidades.
— Há um projeto antigo, que a associação ofereceu para a prefeitura, mas nunca foi encaminhado. A ideia era ter uma "zona livre de casas noturnas no Centro". Bastava uma alteração no plano diretor, exigindo uma distância mínima de 150 metros dos condomínios residenciais. Isso empurraria os estabelecimentos noturnos ali pro Largo, na região da Voluntários, Mauá — explica Guarnieri.
Conforme a prefeitura, comerciantes do entorno do centro já estariam conversando com o governo municipal. A associação do Centro disse não ter recebido nenhum contato da prefeitura. Conforme o morador, os inferninhos do Centro não têm gerado "grandes reclamações nos últimos tempos".
Em relação à região da Praça da Alfândega, tida pela prefeitura como outra opção para acolher quem curte as noites bebendo na rua, Guarnieri se mostra mais cauteloso.
— Logo que passa a praça, na Andradas, há uma região densamente povoada. Essa zona mais pro Gasômetro também é muito mal servida pelo transporte público.
Pela proposta da prefeitura, os estabelecimentos permanecerão abertos durante a madrugada. Além de incentivar food trucks na região, a administração pública quer solicitar à Brigada Militar apoio na segurança da região.
De acordo com o secretário adjunto de Relações Institucionais, Carlos Siegle, novas linhas de ônibus também estão em estudo pela EPTC. Ele ressalta que uma série de reuniões com moradores e comerciantes, para ouvir impressões sobre a proposta e possíveis sugestões, ainda será realizada antes da decisão final do governo.