As empresas de transporte coletivo de Porto Alegre anunciaram nesta segunda-feira que não pagarão o reajuste acordado com os rodoviários em função da indefinição sobre a data de aumento da tarifa de ônibus. Com isso, a reposição de 5,5% nos salários e o aumento para R$ 25 no vale-alimentação, entre outros itens, estão suspensos.
Após o pedido de revisão tarifária, protocolado pelas empresas há 13 dias, ficou a cargo da Empresa Pública de Transporte e Circulação (EPTC) fazer o cálculo da passagem e encaminhar para análise do Conselho Municipal de Transporte Urbano (Comtu), que teria sete dias para avaliação.
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Entretanto, conforme o diretor executivo da Associação dos Transportadores de Passageiros (ATP), Gustavo Simionovschi, até o momento não há previsão de quando o órgão gestor fará o encaminhamento, o que, segundo Gustavo, agrava a situação financeira das empresas de ônibus.
– O processo tarifário sempre teve um caminho definido, passando por EPTC, Comtu e prefeito, o que não está ocorrendo neste ano – destaca o diretor.
Simionovschi lembra ainda que a data base dos rodoviários é 1° de fevereiro e que, portanto, a atualização dos valores do contrato seria retroativa, fato que não ocorre com a tarifa de ônibus.
– Quanto maior a demora no reajuste tarifário, maior o déficit. Já acumulamos mais de R$ 100 milhões em prejuízo desde o ano passado, quando iniciou a nova operação do serviço. As empresas não têm mais como cumprir suas obrigações financeiras sem a contrapartida da tarifa, que é a única receita – explica o diretor executivo da ATP.