Inaugurada nesta segunda-feira (21), com um ano de atraso, a casa de bombas do bairro Vila Asa Branca, no bairro Sarandi, na zona norte de Porto Alegre, ainda não dá garantia de que a comunidade não sofrerá novos alagamentos. Isso porque ainda faltam ser executados 880 metros de dique e 780 metros de valas para a finalização total das obras.
Conforme o diretor-geral do Departamento Esgotos Pluviais (DEP), Tarso Boelter, o atraso na obra foi motivado por questões burocráticas, envolvendo o projeto e o nível elevado de chuvas que atingiram a Capital no último ano.
"A casa de bombas tem funcionalidade sim, mas ainda está incompleta. Nossa preocupação são as grandes chuvas. Se o nível do canal subir, pode ter risco de alagamentos", explica.
Segundo ele, para a construção do dique, 109 famílias da região terão que ser removidas da área, constantemente atingida por alagamentos. As residências construídas pelo Departamento Municipal de Habitação (Demhab) já estão concluídas e devem ser ocupadas no início do ano.
O projeto do dique ainda precisa passar por revisão, e a estimativa é que as obras só tenham início no segundo semestre do próximo ano.
A casa inaugurada hoje conta com três bombas, uma delas submersa, que totalizam uma capacidade de bombeamento de 1.420 litros por segundo de águas pluviais. A estrutura também tem um gerador próprio de energia para que as bombas continuem funcionando, mesmo com falta de energia elétrica. O investimento na construção desta estrutura foi de R$ 2,5 milhões.