A Brigada Militar isolou durante a madrugada o perímetro no entorno da Assembleia Legislativa, no Centro de Porto Alegre, para evitar o possível bloqueio do Parlamento em dia de votação de projetos polêmicos. Em 15 de setembro, servidores públicos tentaram impedir a chegada de deputados estaduais e houve tumulto.
O reforço na segurança pegou servidores públicos de surpresa. Diversas entidades sindicais começaram a preparar piquetes por volta das 5h. As categorias pretendem pressionar o Legislativo ao longo do dia pela não aprovação de projetos considerados contrários ao funcionalismo público.
A sexta fase do ajuste fiscal do Governo do Estado começará a ser votada a partir das 15h de hoje. As sessões extraordinárias poderão se estender até a próxima quarta-feira (30).
Na pauta, estão 30 projetos, a maioria elaborada pelo Executivo. A prioridade é para a aprovação da Lei de Responsabilidade Fiscal Estadual, que vincula reajustes ao funcionalismo e investimentos ao crescimento da receita acima da inflação.
A lista traz outras matérias estratégicas para o Piratini, como a redução no número de servidores cedidos pelo Executivo a sindicatos e associações classistas. Reportagem da Rádio Gaúcha mostrou que trabalhadores nessa situação custam R$ 1,2 milhão ao Estado por ano. Também compõem a lista a venda da folha do funcionalismo para o Banrisul, a extinção da Fundergs, o aumento da transparência na divulgação dos salários de servidores, o fim da licença-prêmio, o plano de concessões de rodovias, entre outros.