Pense num país dos bons: daqueles com democracia madura, desenvolvimento galopante e raros casos de corrupção. Certo?
Talvez tenha lembrado da Suécia. Quiçá da Finlândia, do Canadá, da Alemanha, de repente até dos Estados Unidos. Ainda que seja outro, você sabe que o tal país tem altos índices de educação, além de serviços públicos invejáveis, mas é provável que não saiba o seguinte: ele tem a transparência tão arraigada à sua cultura que, se um governante investir errado, a gritaria será imediata.
- Quando as informações do governo estão disponíveis, e as pessoas podem acessá-las inclusive para criticar a gestão, as políticas públicas são melhores - garante o especialista em administração pública Fabiano Angélico, autor do livro Lei de Acesso à Informação: Reforço ao Controle Democrático. - Tanto é que os países com melhores indicadores de desenvolvimento humano, apontados também como os menos corruptos, são aqueles que adotam práticas e leis de transparência há mais tempo.
Democracia sem censura
Por que o poder público brasileiro ainda resiste à transparência
Avanço é inegável com as novas leis de acesso à informação, mas casos como o de São Paulo ilustram uma cultura de sigilo que precisa ser vencida
Paulo Germano
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