Aos 85 anos, o poeta vivo mais celebrado do Brasil está em silêncio - mas não tanto. Há cinco anos sem lançar poesia (e sem escrevê-la, como revela nesta entrevista), Ferreira Gullar fez de seu trabalho o tema de Autobiografia Poética e Outros Textos, lançado pela editora Autêntica. No livro, Gullar recorda e ao mesmo tempo analisa as principais etapas de sua carreira: a consagração com A Luta Corporal (1954), a ligação e o rompimento com o movimento concretista, o exílio, a circunstância de se tornar uma voz de resistência durante a ditadura com o Poema Sujo (1976). Ao mesmo tempo, um de seus livros mais inclassificáveis, Crime na Flora, escrito nos anos 1950 e publicado em 1986, está sendo relançado pela José Olympio. Convidado da versão paulista do Fronteiras do Pensamento, Gullar conversou com o PrOA por telefone.
Entrevista
Ferreira Gullar: "A poesia não tem mais que ser política"
Autor de "Poema Sujo" e "Em Alguma Parte Alguma" fala sobre o lançamento do seu novo livro