Após quase 40 dias, o laudo que aponta as causas da queda de um eucalipto no Parque da Redenção, em Porto Alegre, chegou às mãos do delegado que investiga o caso, na 10 ª Delegacia de Polícia. Abílio Pereira espera ler o laudo, de mais de duzentas páginas, no final de semana. O inquérito apontando as causas da queda da árvore fica pronto na semana que vem.
A queda do eucalipto, no dia 31 de agosto, matou o juiz do trabalho Lenir Heinen, 64 anos. Outras duas pessoas ficaram feridas. Uma delas, o estudante de Engenharia Mecânica da UFRGS, Yuri Serafim Guisalberti, 21 anos. Ele ficou 21 dias internado, 15 em uma UTI, e começa a retomar a rotina. Yuri precisou trancar a faculdade, se afastar do trabalho, e ainda sofre com sequelas do incidente. "Eu tenho muitas dores no estômago e quase não consigo comer. Como não me alimento direito, já perdi cerca de 10 quilos e fico muito fraco durante o dia. Com isso, não posso trabalhar e nem ir para a faculdade", relata.
Yuri teve o abdome perfurado por um galho. O baço precisou ser removido. Quase um terço do pâncreas foi atingido, e um dos rins pode ficar comprometido. As despesas médicas estão sendo pagas pela empresa onde Yuri faz estágio, mas ele lamenta que o poder público não dê a mesma atenção ao caso. Junto com os tios, o estudante prepara um pedido de indenização à Prefeitura de Porto Alegre. Ele pretende buscar pelo menos ressarcimento por danos morais e materiais.
Em outra ponta, uma comissão formada por técnicos da Secretaria Municipal do Meio Ambiente está avaliando qual equipamento deve ser adquirido para melhorar a rotina de vistorias das mais de um milhão de árvores da cidade. A ideia inicial é utilizar uma espécie de ultrassom, mas outras possibilidades são estudadas. O equipamento e o método escolhido pela prefeitura devem estar em funcionamento no final do ano.
Gaúcha
Delegado espera concluir na semana que vem inquérito que apura queda de árvore na Redenção
Laudo técnico do IGP ficou pronto nesta segunda-feira
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