Uma mulher de 69 anos que mora em Porto Alegre afirma ser a única filha viva do ex-governador Leonel Brizola, que morreu em 2004. Conforme reportagem do jornal Folha de S. Paulo, a esteticista ortomolecular Giselda Topper recebeu em 2008 o resultado de um exame de DNA que aponta 99,99% de chances de ser filha de Brizola.
Giselda ingressou em 2005 na Justiça do Rio de Janeiro solicitando o reconhecimento da paternidade, mas, mesmo com o teste, o pedido foi negado. Ela recorreu, mas o processo acabou arquivado.
Para o exame, foram coletadas amostras de sua mãe, Alma Topper, e de dois filhos de Brizola, João Otávio e Neusa Maria. O primogênito, José Vicente, não participou.
De acordo com a reportagem, a esteticista nasceu na Santa Casa de Porto Alegre em 29 de novembro de 1954. Alma, falecida em 2009, trabalhava para a família de Brizola na época.
— Fiquei sabendo que Brizola era meu pai por um descuido do meu tio, irmão dela. Mais tarde, eu entendi que ela fez de tudo para me proteger de toda a situação. Somente mais tarde, ela comentou sobre uma foto. Disse que Brizola me segurou no colo e deu um relógio de presente de aniversário — relatou Giselda ao jornal paulista.
Ela disse recordar que, na época, dois peritos teriam declarado à Justiça que os resultados de testes para a comprovação de paternidade haviam sido inconclusivos.
Zero Hora procurou a ex-deputada Juliana Brizola, neta do ex-governador com atuação política no Rio Grande do Sul, mas não recebeu retorno até o final da tarde desta segunda-feira.
Juliana e os dois irmãos, que vivem no Rio de Janeiro, também não retornaram os contatos da Folha.